Eduardo Prado Coelho e o parque de estacionamento
A crónica (Público, 27/10) contristada de EPC sobre o parque de estacionamento que o atormenta parece um comentário de um filme de terror. Termina assim: «Há qualquer coisa de mesquinho e desrespeitoso na forma de ganância como tudo foi concebido.»
Já antes EPC queixou-se da descida aos infernos no parque de estacionamento do Corte Inglés, o que leva à questão de se saber se o mal é só do parque. EPC consegue questionar a sua condução, a sua habilidade para conduzir num parque de estacionamento? Julgará EPC que as colunas dos parques de estacionamento se movimentam e saltitam de um lado para outro, perseguindo-o?
Só o DN de 27/10 fala de 3 grupos: o Círculo de Eça de Queirós, o grupo do Encontro do Círculo e a tertúlia É a Cultura, Estúpido, este último demonstrando um forte pendor norte-americano. O segundo parece que conspira na casa do primeiro. Só faltará que trabalhem todos para a mesma conspiração.
Miguel S.T. defende que «não deveria ser possível abrir um blogue sem o autor ser identificado e tecnicamente confirmado». Tudo controlado, disciplinado, assim numa espécie de Big-Brother chinês. Vinda de quem vem, a ideia só pode ser vista como a tirada de um momento infeliz devido à história do hipotético plágio
Meryl Steep: «As actrizes agora são brigadas a criar um glamour maior e a terem de se sexualizar enquanto mulheres. Não é por acaso que têm de aparecer na sua versão lingerie. Só lhes dão capa capaz se elas aparecerem nessa versão sexual…» (Suplemento do DN, 6.ª, 27/10). A capa da Vanity Fair com Scarlett Johansson e Keira Knightley nuas ao lado de Tom Ford deixou-a «triste» e acrescenta: «Gostava que essas coisas desaparecessem. Em vez disso, esses compromissos estão cada vez mais presentes.» Talvez possa ser um certo pudor em exagero, mas também pode ser uma crítica genuína de Meryl Sreep ao estereótipos de Hollywood.