01 janeiro 2007

DiaD, fim e astrologia

A revista DIAD, uma espécie de revista de economia «descomplicada» do jornal Público, vai acabar, se é que o último número publicado já não foi o último. Mas poderia acabar bem, com algum brio e profissionalismo, mesmo depois de o seu papel ter sido posto em causa quando passou das segundas para as sextas feiras. Agora, com o fim anunciado, o desacerto editorial parece ter tomado conta da revista no último número, que apresenta um tal de Maurício Bernis, astrólogo, como um guru para as empresas. Mais um pouco e seria natural que a DIAD descobrisse outras pérolas dedicadas à resolução de outros tantos problemas da sociedade portuguesa. Se assim fosse, seria quase uma pena que a revista desaparecesse… De qualquer forma, se sobrevivesse a este choque teria de adoptar outros cuidados pois, utilizar, por exemplo, o mesmo «comentário» para os «factos» da ordem do «patético» e «irrelevante» do «Quadro de honra» (DIAD, 29/12/06, p. 10) e para a «gestão» da ordem do «relevante» e «brilhante» é no mínimo curioso. No caso dos «factos» diz-se que «George W. Bush admitiu pela primeira vez que os E. U. não estão a ganhar a guerra do Iraque.» e acrescenta-se: «Excelente. Já só falta Paulo Bento e Fernando Santos admitirem que Sporting e Benfica não estão na liderança do campeonato de futebol.» Noutro caso, o da «Gestão», diz-se que «O Tribunal de Contas acusou a Refer de ter desperdiçado dinheiro nas obras de modernização da Linha do Norte.» E depois, lá vem outra vez: «Já só falta Paulo Bento e …» Chama-se a isto, acabar mal, muito mal.


Ad hominem:
«De Sarmento a Menezes [passando por Santana], nenhum deles conta. Aproveitam, como de costume, a oportunidade para se exibir. É um circo de pulgas. Mordem, não matam.» Vasco Pulido Valente (Público, 17/12/06)