19 outubro 2007

Lendo o ‘P’

O actual presidente da Rússia é tratado pela jornalista Francisca Gorjão Henriques: como «o ex-chefe dos espiões russos». É de supor que democraticamente um dia destes trate o presidente Sarkozy pelo «ex-marido de Cécilia», ou que o presidente Bush seja simplesmente um «ex-alcoólico em vias de libertar-se da insanidade do poder»…
A propósito dos exames do 12.º ano, o secretário de Estado da Educação Walter Lemos apresentou uma nova teoria do progresso curricular que ele sabe ser adaptável às outras disciplinas, como Matemática ou Física, ou Português, mas ainda não está absolutamente certo que se aplique à História. A teoria é a da «espiralidade»… Então, se os programas «estiverem bem feitos, com uma lógica de espiralidade, as competências terminais verificadas no 12.º incluem as adquiridas no 10.º e no 11.º ano. Só a História é que pode haver dúvidas», diz. Portanto, a «espiralidade» poderá estar certa noutros ramos do saber, mas quanto à História…Pois, o «eterno retorno», a «espiral», o «progresso», que confusão…